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Adormecida – Castro Alves



Uma noite, eu me lembro... Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupão... solto o cabelo,
E o pé descalço no tapete rente. `Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina... E ao longe, num pedaço do horizonte, Via-se a noite plácida e divina. De um jasmineiro os galhos encurvados, Indiscretos entravam pela sala, E de leve oscilando ao tom das auras, Iam na face trêmulos, beijá-la.
Era um quadro celeste. A cada afago, Mesmo em sonhos a moça estremecia.
Quando ela serenava, a flor beijava-a. Quando ela ia beijar-lhe, a flor fugia...
Dir-se-ia que naquele doce instante Brincavam duas cândidas crianças...
A brisa, que agitava as folhas verdes, Fazia-lhe ondear as negras tranças.
E o ramo ora chegava, ora afastava-se. Mas quando a via despertada a meio,
Pra não zangá-la, sacudia alegre Uma chuva de pétalas no seio.
Eu, fitando esta cena, repetia Naquela noite lânguida e sentida:
--- "Ó flor, tu és a virgem das campinas. Virgem, tu és a flor de minha vida."

Um comentário:

  1. LINDO POEMA!!!!!
    SR. ZÉ MÁRCIO O SR. TEM PARENTESCO COM O POETA CASTRO ALVES? (MEU CECÉU)

    SORAIA V LIMA
    SPOESIAECECEU@BOL.COM.BR

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