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por José Márcio Castro Alves
A empatia era tamanha que um velho de 82 anos saia de manhã da sua casa em Vila Mariana, São Paulo, sozinho, andava mais de um quilômetro a pé, pegava o metrô e depois entrava num ônibus rumo a Ribeirão Preto, sem dia pra voltar.
A jornalista Rosana Zaidan e eu sempre o esperávamos na plataforma de desembarque. Que festa quando ele chegava. Quantos não víamos se aproximar daquele mulato alto e sempre bem vestido:
--- O senhor é ele mesmo? Gente simples, gente pobre, gente que dava alegria a um dos últimos representantes vivos da nossa música caipira.
--- Me tombaram, dizia ele se gabando da idade e da saúde invejável.
Logo estávamos num cubículo de uma salinha, cozinha e banheiro, meu antigo apartamento na rua Cairu, onde tudo recomeçava. Uma mesinha na sala com toalha limpinha, cerveja, cachaça da ótima e panela no fogo, o suficiente para que João Pacífico se sentisse no Paraíso por até uma semana consecutiva, o que ocorreu inúmeras dezenas de vezes nos seis anos de convivência com o Mourão da Porteira em pessoa.
O contato se deu ao final de 1991, quando liguei pra ele colocar uma letra numa música minha: Piracema. Foi o primeiro passo para que o introduzíssemos no ambiente que ele mais gostava: um sítio, uma prosa caseira, uma reunião de amigos e alguns shows intimistas, bem ao estilo do sucesso garantido.
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Morreu aos 89 anos, no mesmo 1998 que levaria também os meus queridos tio Celso de Figueiredo Alves e o meu pai, Flávio de Figueiredo Alves, dois grandes admiradores que conheceram em pessoa esse grande nome da nossa música popular.
Doze anos após a sua morte, abro meus arquivos e atiro-os ao público, dedicado à memória do nosso querido João Pacífico, ora exponho fotos, vídeos e documentos produzidos ao longo de muitos anos.
Clique aqui e conheça o Cantinho João Pacífico.
QUE CANTINHO MARAVILHOSO ESSE DE SEU AMIGO...DIGA-SE DE PASSAGEM QUE ELE FOI UM BELO PRESENTE PRA TODOS NÓS.SUAS MÚSICAS SÃO IMORTAIS.PARABÉNS AMIGO.
ResponderExcluirlÚCIA